No domingo (5/11), o Rio de Janeiro vivenciou um dia de sol radiante. Entretanto, teve de enfrentar um mar agitado que resultou em danos à orla da Zona Sul.
Isso porque as ondas invadiram o calçadão e a ciclovia nas regiões do Leblon e Ipanema, gerando cenas impressionantes registradas em vídeos amplamente compartilhados nas redes sociais.
Por sua vez, a Marinha do Brasil emitiu um alerta preocupante sobre o caso a fim de anunciar que ondas com até 3,5 metros de altura poderiam atingir o litoral da cidade nos dias seguintes.
Mas o que está por trás dessa incrível exibição do poder do oceano, afinal? A resposta reside na ressaca marítima, um fenômeno natural que ocorre quando há um aumento anormal no nível do mar na costa, acompanhado por ondas excepcionalmente altas.
A ressaca marítima pode resultar em inundações costeiras, erosão e, em casos extremos, na destruição de estruturas. Ainda assim, surge a dúvida: o que realmente desencadeia esse fenômeno?
Imagem: Shutterstock/Aleksandar Todorovic
Geralmente, a ressaca marítima é desencadeada por condições climáticas adversas, como tempestades, ventos fortes, ciclones e furacões.
No caso do Rio de Janeiro, um sistema de alta pressão estava influenciando as condições climáticas da cidade, resultando na agitação intensa do mar.
O movimento vigoroso das ondas, algumas chegando a quebrar sobre si mesmas, cria esse espetáculo impressionante e, por vezes, perigoso.
Impactos de ondas gigantes
Os impactos dessa ressaca marítima não se limitam apenas a imagens espetaculares e à interrupção das atividades nas praias cariocas.
Por sua vez, o mar agitado pode causar danos à infraestrutura costeira, levando à inundação de avenidas, calçadões e ciclovias, como foi testemunhado no Leblon e em Ipanema.
Além disso, ondas gigantes representam uma ameaça real à segurança das pessoas, conforme evidenciado pelo trágico afogamento de três indivíduos no dia do ocorrido.
A Marinha do Brasil emitiu um alerta para que todos estejam cientes dos perigos, e os bombeiros continuam desempenhando um papel vital na busca por pessoas desaparecidas e no resgate de vítimas de afogamento.
Segundo meteorologistas, a previsão do clima futuro traz alguma esperança, com perspectiva de redução da nebulosidade na cidade e ventos fracos a moderados nos próximos dias, o que deve proporcionar um breve alívio em relação às ondas gigantes.
Por ora, o melhor é se proteger
À medida que o Rio de Janeiro enfrenta esse episódio de ressaca marítima, a prefeitura da cidade aconselha a população a evitar o banho de mar durante esse período crítico, bem como a prática de esportes aquáticos.
Além disso, é recomendável não permanecer em mirantes à beira-mar ou em locais próximos ao oceano. Se as ondas estiverem atingindo a ciclovia, é desaconselhável andar de bicicleta na orla.