‘As Marvels’ é um escorregão que complica o futuro do estúdio – Zonatti Apps

‘As Marvels’ é um escorregão que complica o futuro do estúdio

“As Marvels”, por sua vez, é aleatório. Desinteressante como filme solo e desnecessário para agregar a esse universo compartilhado, ele surpreende pela falta de coesão. Os eventos de “Invasão Secreta” e a presença maciça de alienígenas residindo na Terra sequer são mencionados. O mesmo vale para a linha temporal confusa, que não sabe o que fazer com as mais de três décadas que separam os eventos de “Capitã Marvel” e da nova aventura.

A questão principal é que “As Marvels” perdeu o direito de ser só um filme. Impressiona que a preocupação da Marvel, nessa altura do campeonato, ainda seja colocar mais tijolos em seu universo cinematográfico. Em vez de o movimento ser orgânico, ele agora é grosseiro. Pior ainda: o estúdio trata o filme como uma distração, um trailer para a cena pós créditos que joga uma pista do que está por vir. E um eterno jogo do empurra, e do lado de cá a turma cansou de esperar.

“As Marvels” é uma bagunça abismal. A diretora Nia DaCosta, que fez o interessantíssimo “A Lenda de Candyman”, não consegue decidir o tom da aventura. Existe uma finalidade prática na trama, uma narrativa mais convencional, entrecortada por momentos absolutamente bizarros que minam o fluxo da história. São escolhas que, em vez de envolver, terminam por confundir o público. Uma jogada errada em um filme suficientemente confuso.

A essa altura qualquer um e seu cachorro sabe que assistir a um produto da Marvel exige uma bula de filmes e séries. “As Marvels” pede conhecimento prévio da série “Ms. Marvel”, que apresentou a adolescente Kamala Khan (Iman Vellani), uma fã da Carol Danvers (Brie Larson) que também ganha poderes. O terceiro vértice é Monica Rambeau (Tayonah Parris), que trabalha com Nick Fury (Samuel L. Jackson) e ganhou suas habilidades meta humanas em “WandaVision”.

O trio, cada um com um poder que envolve a manilpuação de luz, tem suas habilidades misturadas por conta de uma aberração cósmica. Cada vez que usam suas habilidades, elas trocam de lugar umas com as outras, criando uma dinâmica que as obriga a trabalhar em equipe. A vilã é a nova líder da raça Kree, Dar-Benn (Zawe Ashton), que busca vingança contra Danvers por ações do passado que condenaram seu planeta natal.

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