O avanço exponencial da inteligência artificial (IA) levanta questões profundas sobre a influência que ela pode exercer sobre nossos comportamentos inconscientes.
Por isso, descubra um pouco mais sobre os riscos e os limites que precisam ser refletidos sobre o assunto!
A inteligência artificial pode influenciar nosso subconsciente?
Qual a relação da IA com o cérebro? – Imagem: Alexanders-images/CanvaPro/Reprodução.
Segundo pesquisa recente realizada na Espanha, os investigadores alertaram para os perigos de permitir que a IA acesse e modifique as nossas mentes sem a nossa autorização.
O escândalo Cambridge Analytica mostrou como o uso de informações do Facebook pôde influenciar as eleições nos EUA, trazendo dilemas que antes só víamos em filmes de ficção científica.
Ignasi Beltran de Heredia, da Universitat Oberta de Catalunya, explora esses desafios no avanço da IA.
Ele levanta questões fundamentais sobre a capacidade da IA de influência em nosso subconsciente, um terreno novo e profundo.
A incógnita do subconsciente
Beltran destaca que apenas 5% de nossa atividade cerebral é consciente, deixando 95% no terreno do subconsciente, onde não temos controle.
Isso consegue criar um cenário em que podemos ser influenciados sem nem perceber. Ele aponta duas formas de influência da IA:
- coletando dados para nos guiar a tomar decisões específicas;
- a outra, ainda não tão desenvolvida, gerando impulsos irresistíveis no nosso subconsciente.
Limites da regulamentação
A União Europeia (UE) discute leis para a IA, porém, as restrições propostas inicialmente foram diluídas ao longo do tempo!
A intervenção de deliberação subconscientemente só se aplica se houver intenção de manipulação ou causar danos prejudiciais.
Beltran enfatiza a importância de proteger nosso subconsciente, a parte mais íntima de nós. Ele alerta sobre os perigos de deixar essa porta aberta para manipulação.
A invasão tecnológica
No campo do trabalho, especialmente na saúde ocupacional, a inteligência artificial já é uma presença.
Dispositivos monitoram motoristas e medem o estresse dos funcionários por meio de sensores específicos.
Por isso, Beltran alerta que, se não controlarmos essas tecnologias agora, elas podem se expandir em busca de mais produtividade acima de tudo.