Infelizmente, a morte é uma realidade para todos os seres humanos, não importa sua religião, etnia, nacionalidade ou classe social. Todos, sem exceção, um dia acabam perecendo. Agora, no leste chinês, uma nova prática está atraindo bastante curiosidade.
Há um cemitério que está usando IA (Inteligência Artificial) para recriar avatares iguais a pessoas mortas. Um cidadão chamado Seakoo Wu e sua esposa aderiram à novidade para matar as saudades do filho e obtiveram uma réplica perfeita dele.
Segundo os meios de comunicação locais, essa é uma tendência em franco crescimento e diversas empresas chinesas alegam ter desenvolvido milhares de cópias digitais de entes queridos que já não se encontram entre os vivos.
Para realizar o processo, tais companhias afirmam que só precisam de 30 segundos de algum material audiovisual do falecido em questão. Conforme alguns especialistas, isso pode oferecer consolo e alívio para que as famílias possam passar mais facilmente pelo luto.
Um mercado que se revela promissor
Esses avatares digitais receberam a alcunha de “bots fantasmas” e as indústrias especializadas em criá-los estão se expandindo em grande velocidade no território chinês. O empresário Zhanh Zewei, fundador de um destes negócios, afirma que a China está em outro nível quanto à tecnologia de Inteligência Artificial.
Consequentemente, isso oferece uma série de vantagens em termos mercadológicos. Por exemplo, nos moldes atuais, uma organização do nicho cobra um valor entre 10 mil e 20 mil yuans (R$ 6.911 a R$ 13.822) por um modelo de avatar simples.
No entanto, o serviço não para por aí. Os familiares do falecido podem até mesmo conversar via telefone com um funcionário treinado, cuja voz e o rosto são alterados para se parecerem com o indivíduo que já não se encontra mais entre os vivos.
Sima Huapeng, fundador da companhia Silicon Intelligence, situada em Nanjing, acredita que essa nova tecnologia contribuirá para o surgimento de um novo tipo de humanismo, assim como no passado as fotos eram utilizadas para se lembrar de quem já se foi.
Entretanto, os pesquisadores da área são unânimes em alertar que ainda são necessários mais estudos para que todas as implicações psicológicas e éticas sobre o tema sejam totalmente compreendidas para evitar traumas.
Por fim, Zhang da Super Brain reconhece que a novidade é uma faca de dois gumes, mas crê firmemente que, enquanto aqueles que mais precisam estiverem sendo ajudados, então não há problemas em continuar o que está fazendo, com o auxílio da Inteligência Artificial.