Uma situação incomum chamou a atenção no futebol do Paraná recentemente: o Campo Mourão, clube da terceira divisão, foi sancionado com a perda de 12 pontos e multa de R$ 1 mil pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR) por utilizar o atacante Cássio, que estava suspenso, como maqueiro, em novembro.
Cássio recebeu seu terceiro cartão amarelo no jogo contra o Iraty, o que implicava uma suspensão automática para a partida seguinte, contra o Batel. Entretanto, ele foi escalado como maqueiro justamente nesse jogo. Além disso, o jogador ainda participou das partidas contra o Hope e Prudentópolis.
O jornalista Gabriel Sawaf divulgou essa informação inicialmente e o portal ge confirmou.
Julgamento do clube só aconteceu em 2024
No entanto, o julgamento não ocorreu em 2023, o que permitiu que a Terceira Divisão prosseguisse, resultando na classificação de Campo Mourão e Prudentópolis (no Grupo A) e de Paranavaí e Nacional (no Grupo B) para as semifinais. Por fim, Paranavaí e Nacional conseguiram o acesso.
“Apresentamos um pedido de liminar e solicitamos a suspensão ou interrupção da Segunda Divisão até a conclusão do processo. Acreditamos que seja melhor paralisar, já que uma interferência do STJD poderia alterar tudo”, explicou Paulo Giffhorn, advogado que representa o Prudentópolis.
A punição imposta ao Campo Mourão agora pode adiar o início da Divisão de Acesso, que estava programada para começar em abril, mesmo que o time não tenha conseguido o acesso. Isso se deve ao fato de que o Prudentópolis entrou com uma ação judicial solicitando a repetição das semifinais.
De acordo com o entendimento do Prudentópolis, a retirada dos pontos do Campo Mourão alteraria a classificação final. Nesse novo cenário, o Prudentópolis enfrentaria o Nacional, enquanto o Hope Internacional (que herdaria a vaga do Campo Mourão) jogaria contra o Paranavaí. Os vencedores desses confrontos disputariam o título e a vaga na Segunda Divisão do Campeonato Paranaense de 2024.
“Caso a perda de pontos do Campo Mourão se confirme após a análise dos recursos, nossa solicitação é que o TJD-PR ordene que a Federação Paranaense de Futebol (FPF) anule o Arbitral da Divisão de Acesso (realizado em fevereiro), assim como a homologação, e refaça as semifinais. Desde novembro, o Prudentópolis tem buscado o TJD-PR e a FPF, tomando as medidas necessárias para destacar essas irregularidades do Campo Mourão”, acrescentou o advogado.
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