Faraó Ramsés 2º ‘ganha’ rosto com ajuda de múmia e crânios doados – Zonatti Apps

Faraó Ramsés 2º ‘ganha’ rosto com ajuda de múmia e crânios doados

Múmia de Ramsés 2º foi descoberta em 1881 em Deir el-Bahari, no Egito. O local onde a múmia foi encontrada é um conhecido complexo de sepulturas e templos em homenagem aos antigos egípcios e fica às margens do rio Nilo.

Examinando a múmia, especialistas conseguiram definir características físicas do faraó. Desde a descoberta da múmia de Ramsés 2º, diversos estudos se dedicaram a identificar como seria sua aparência. Segundo Moraes, acredita-se que Ramsés 2º tinha cerca de 1,70 metro e, de acordo com sua musculatura, entre 87 e 92 anos quando morreu. Estudos do início do século 20 indicaram cabelos amarelados e artérias deformadas. O formato do crânio sugeria que, além de características egípcias, Ramsés 2º também apresentava traços estrangeiros.

Tomografia em 2010 enriqueceu os detalhes da aparência de Ramsés 2º. Em exame computadorizado, especialistas notaram desgastes nos dentes e em juntas no corpo do faraó. Esses desgastes, segundo pesquisadores, indicariam que Ramsés 2º sofria com doenças geriátricas e possivelmente teria perdido os dentes. Em estudo citado por Moraes, aspectos “curiosos” foram encontrados na múmia, como a utilização de ossos de animais e o uso de sementes de plantas. Esses artefatos teriam sido úteis para manter o formato original de algumas superfícies do corpo, como a região do nariz.

Divulgação das imagens reacende debate sobre as características físicas do povo egípcio na época dos faraós. Diversos estudos já se debruçaram sobre o tema, que gera polêmica ao tentar identificar, principalmente, qual seria a cor da pele dos egípcios. Moraes e Habicht explicam que utilizaram diversas pesquisas como referência, bem como obras de arte, esculturas e pinturas em túmulos para tentar chegar à cor correta da pele de Ramsés 2º. Além das características das múmias, estudos genômicos analisados pelos pesquisadores indicaram que os egípcios teriam semelhanças com diferentes povos.

Embora a arte egípcia indique um meio termo entre o branco europeu e o preto africano, uma forma de resolver a questão é apresentar uma versão da AFF [aproximação facial forense] em escala de cinza, totalmente dessaturada, evidenciando mais o formato da face do que as questões relacionadas à cor da pele.
Trecho do estudo

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