Monja Coen na CasaFolha: meditar é exercitar neurônios – 01/10/2024 – Poder – Zonatti Apps

Monja Coen na CasaFolha: meditar é exercitar neurônios – 01/10/2024 – Poder

Quem frequenta academia de ginástica sabe: é possível escolher qual parte do corpo será desenvolvida no treino. Quem pratica meditação faz algo parecido com a mente: “É como se você fosse exercitar os neurônios, porque você escolhe as conexões neurais que quer fazer”, diz a Monja Coen Roshi.

“Eu quero desenvolver a raiva, a vingança, a briga, a guerra? Ou quero desenvolver a paz, a harmonia, o respeito à vida na sua pluralidade? São escolhas que nós fazemos”, diz a monja. “E a musculação de neurônios é isso. Eu escolho o que quero desenvolver em mim.”

Missionária oficial da tradição zen-budista Soto Shu, com sede no Japão, Monja Coen comanda o curso “O poder da meditação”, na CasaFolha, uma plataforma de streaming com aulas exclusivas recém-lançada pelo jornal.

Todos os vídeos já estão disponíveis para assinantes em casafolhasp.com.br. A iniciativa começou com dez cursos completos de personalidades de destaque em diversas áreas, e novos conteúdos serão incluídos todos os meses.

Por meio de “masterclasses”, profissionais consagrados dividem seus conhecimentos, compartilham experiências e contam quais caminhos trilharam para alcançar o sucesso.

Em suas aulas, a Monja Coen relembra sua formação monástica, aborda história e princípios do budismo, ensina técnicas para meditar e explora os benefícios do zazen —a prática da meditação sentada.

De acordo com ela, entre as grandes mudanças provocadas pela meditação estão o aumento da percepção e uma melhora na concentração.

“É um foco sem foco. É uma grande angular, que pega tudo que está acontecendo”, diz ela. “Tudo faz parte: o som, o cheiro, as pessoas que possam passar. Nada atrapalha o processo meditativo se você é capaz de penetrar na essência do seu ser.”

Fundadora da comunidade Zendo Brasil, Monja Coen tem mais de 300 discípulos e publicou mais de 30 livros, entre os quais “Aprenda a Viver O Agora” e “O Sofrimento É Opcional”.

Ela afirma que, para alcançar esses benefícios da meditação, é preciso exercitar a postura correta e a respiração consciente —processos que ela ensina na CasaFolha e que podem ter como resultado uma maior capacidade de lidar com os pensamentos.

Mas atenção: lidar com os pensamentos não que dizer controlá-los, como a monja enfatiza em seu curso.

“As pessoas acham que tem que controlar a mente. Mas não é controlar. Sabe o que a gente pode fazer? Escolher o que pensa e o que não pensa”, afirma.

Assim, diz ela, é possível escolher pensamentos positivos e deixar de lado pensamentos negativos, bem como favorecer uma memória ou um sentimento em detrimento de outros. “Nós escolhemos que sementes queremos regar.”

Como consequência, fica mais fácil desenvolver empatia com as pessoas, ter compaixão, compreender o outro em uma relação pessoal ou mesmo tomar decisões no ambiente de trabalho. Tudo porque, diz ela, a mente ganha clareza e equilíbrio.

“É fascinante conhecer a sua própria mente e perceber como ela funciona. Para quê? Para você usar da melhor maneira. Para ela ser sua parceira, não sua inimiga”, diz a monja.

Embora ensine uma técnica associada ao budismo, ela argumenta que ninguém precisa mudar a própria orientação espiritual para praticar a meditação, nem mesmo se iniciar em aspectos da tradição oriental (ela se formou no Japão e ficou por lá 12 anos antes de voltar ao Brasil).

“É interessante conhecer a cultura de outros países. Eu gosto muito. Mas é interessante também que você conheça a sua cultura. E [saber] como é que você aplica isso [a meditação] na sua vida diária.” Por exemplo, diz ela, se no Japão e na China eles servem chá nos altares, aqui no Brasil pode-se muito bem oferecer um cafezinho.

A monja defende, por outro lado, que os princípios do budismo sejam conhecidos: não fazer o mal, fazer o bem, fazer o bem a todos os seres. Uma proposta que ela reconhece ser difícil, por envolver fazer o bem não só para si ou para os amigos, mas para tudo que existe.

Por isso que, parafraseando Paulo Freire, ela sustenta: “A meditação muda as pessoas, e as pessoas mudam o mundo”.

“Quando estou falando do zen-budismo, eu estou falando de uma grande revolução e transformação social, política e econômica.”

Outro princípio que ela ensina no curso é a lei da causalidade, pelo qual as coisas são sempre causa e efeito umas das outras, em um grande emaranhado.

“É como se fosse uma trama de fios luminosos, onde em cada intersecção há uma joia, que expande luz em todas as direções. Isso é o que seria a interpretação da cosmologia budista.”

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