Mais de um ano depois, Marvel apresenta sua melhor série – Zonatti Apps

Mais de um ano depois, Marvel apresenta sua melhor série

Depois de uma década dominando as bilheterias do cinema, a Marvel começou a sua empreitada no mundo das séries em janeiro de 2021, com a estreia da indicada ao Emmy WandaVision (2021). Na sequência, vieram títulos dos mais variados gêneros que ajudaram a expandir o já vasto universo cinematográfico dos Vingadores. Agora, mais de um ano depois do início desta jornada, o estúdio atinge o seu ápice com Mulher-Hulk: Defensora de Heróis.

O mais curioso da nova atração do MCU é que sua maior competência foge das características básicas que o estúdio fidelizou desde o lançamento de Homem de Ferro (2008). A Tangerina teve a oportunidade de assistir aos quatro episódios inicias de Mulher-Hulk e adianta que o foco escolhido pela showrunner Jessica Gao foi a boa comédia despretensiosa.

Por se tratar de uma história de origem, Mulher-Hulk se aproxima mais de Homem-Aranha: De Volta para Casa (2017) do que de qualquer outra produção do MCU. Isto porque a série não se dispõe a passar horas/episódios focando no “nascimento” de uma nova heroína ou em como isso aconteceu, mas reserva o piloto apenas para Jennifer Walters (Tatiana Maslany), prima de Bruce Banner/Hulk (Mark Ruffalo), a lidar com sua nova realidade.

Diferentemente de seu parente verde, Jen aprende a controlar os poderes de um Hulk com enorme facilidade –para a inveja de Banner. Isto faz com que ela retorne à sociedade cedo demais, sem entender que “com grandes poderes vêm grandes responsabilidades”. Na ânsia de voltar para a sua vida comum de advogada, ela percebe que ser a Mulher-Hulk vai muito além de defender clientes nos corredores dos tribunais.

Mark Ruffalo e Tatiana Maslany em cena de Mulher-Hulk: Defensora de Heróis

Os primos Bruce Banner (Mark Ruffalo) e Jennifer Walters (Tatiana Maslany)

Divulgação/Marvel

Esta, aliás, é a principal jornada da protagonista em seus primeiros episódios. Como uma boa comédia legal, Mulher-Hulk mostra o lado da vida de Jennifer que nada tem a ver com a rotina de um super-herói. Contratada por uma importante firma de advocacia para liderar uma equipe focada nos problemas jurídicos de seres superpoderosos, a prima de Banner precisa resolver pepinos do cotidiano em vez de lutar contra alienígenas.

Dentro dessa proposta, a série aproveita de maneira muito competente a sua realidade dentro do MCU. Personagens como Wong (Benedict Wong), Abominável (Tim Roth) e até Bruce Banner aparecem e abusam da qualidade do texto da equipe de roteiristas liderada por Jessica Gao para entregar algumas das cenas mais hilárias de todo o Universo Marvel.

A escalação de Tatiana Maslany, aliás, mantém a tradição de ótimas escolhas do chefão Kevin Feige entre atores para viver os principais heróis da Marvel. Como Jennifer ou Mulher-Hulk, a estrela de Orphan Black (2013-2017) domina a atmosfera sempre que está em cena, seja quebrando a quarta parede à la Fleabag (2016-2019) ou discutindo questões jurídicas com o alienado Wong, mestre das artes místicas e amante de séries como Família Soprano (1999-2007) e This Is Us (2016-2022).

Pelo menos para este crítico que vos fala, o tão criticado CGI em cima da protagonista não incomodou. Entre as poucas sequências de ação dos episódios iniciais, há algumas que deixam a desejar, mas o visual de Mulher-Hulk não é capenga a ponto de estragar a experiência dos fãs sem frescura. Aqui, o que vale é o bom e velho texto, e qualidade não falta.

Com nove episódios ao todo, Mulher-Hulk ainda tem tempo de sobra para se revelar um grande acerto ou um desastre irreparável dentro do MCU. Não são raras as opções dentro do Disney+ de séries que começaram bem, mas chegaram ao seu clímax já desgastadas. Mas, caso mantenha o nível dos capítulos iniciais, a atração tem tudo para ser motivo de orgulho para Tatiana Maslany, Kevin Feige e companhia.

Tatiana Maslany e Mark Ruffalo em cena de Mulher-Hulk: Defensora de Heróis

Mulher-Hulk

Trailer legendado

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