A revista inglesa The Economist divulgou nesta segunda-feira (10) que o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estão empatados nas intenções de voto para o segundo turno, cada um com 50%.
Os dados da publicação foram levantados por meio de um agregador de pesquisas, que colheu os resultados de diferentes levantamentos feitos por institutos brasileiros. A The Economist não divulgou os nomes das empresas que fizeram as pesquisas.
No primeiro turno, Lula obteve 57.259.504 votos (48,43%), enquanto Bolsonaro recebeu 51.072.345 (43,20%). A votação em segundo turno ocorre em 30 de outubro, o último domingo deste mês.
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Bolsonaro
Ao longo da campanha eleitoral, Bolsonaro teve como uma de suas principais estratégias relembrar os casos de corrupção durante as gestões do PT na Presidência da República, em especial quando Lula foi presidente. Além disso, o chefe do Executivo enfatizou pautas que sempre nortearam sua vida pública, como a defesa à família, a liberdade de expressão, valores religiosos e o patriotismo.
O presidente tem como compromisso para o novo mandato manter o Auxílio Brasil a R$ 600. O Projeto da Lei Orçamentária (Ploa) do ano que vem, enviado pelo governo ao Congresso Nacional, prevê o pagamento do benefício de R$ 400, mas Bolsonaro afirmou que o valor será ampliado. Segundo ele, isso será possível com a taxação de lucros e dividendos de pessoas que ganham acima de R$ 400 mil por mês.
Outra promessa de Bolsonaro é aumentar o salário dos servidores públicos vinculados ao Executivo Federal, algo que ele não conseguiu fazer durante o primeiro mandato. Para 2023, o governo tem a previsão de usar R$ 11,6 bilhões do Orçamento na recomposição de funcionários, mas falta definir qual será o percentual de reajuste.
O presidente também assumiu o compromisso de aprovar reformas estruturantes, sobretudo a tributária. Bolsonaro pretende ainda rever gastos e desvincular e desindexar despesas públicas para, segundo ele, aumentar a eficiência do uso do dinheiro público e atender às necessidades da população brasileira.
Além disso, o presidente fala em aperfeiçoar a legislação trabalhista para facilitar as contratações e desburocratizar e desregular as normas, para favorecer a criação de empresas e o empreendedorismo.
Ele também promete dar continuidade à abertura comercial, com a redução da tributação das empresas nacionais e dos impostos de importação, para criar um ambiente de concorrência e competitividade a fim de tentar reduzir preços e melhorar a oferta e a qualidade dos produtos e serviços.
Lula
O ex-presidente Lula tem como principal compromisso, caso seja eleito, implantar políticas públicas para socorrer a população mais carente, sobretudo, para combater a fome. Ele promete manter o Auxílio Brasil em R$ 600 e transferir um adicional de R$ 150 para famílias beneficiárias do programa que tenham filhos de até 6 anos — o bônus será pago a cada criança dessa faixa etária. Além disso, o petista garante que vai reajustar o salário mínimo sempre acima da inflação.
Lula também diz que vai criar oportunidades de trabalho e de emprego. A proposta do governo dele é implementar uma nova legislação trabalhista, de extensa proteção social a todas as formas de ocupação, de emprego e de relação de trabalho. O petista quer dar maior atenção a profissionais autônomos e domésticos, a trabalhadores em home office e àqueles que prestam serviços mediados por aplicativos e plataformas.
Para a saúde, o petista tem como metas fortalecer e aprimorar a gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), com a valorização e a formação de profissionais da área e a retomada de políticas como o Mais Médicos e o Farmácia Popular, bem como a reestruturação do Complexo Econômico e Industrial da Saúde e o seu fomento.
Lula garante também que vai investir em educação de qualidade e fortalecer a educação básica, da creche à pós-graduação. Segundo ele, o governo vai coordenar ações com estados e municípios, retomando as metas do Plano Nacional de Educação.
Além disso, o petista pretende aprimorar o Sistema Único de Segurança Pública. De acordo com o plano de governo dele, serão realizadas reformas para ampliar a eficiência do sistema, por meio da modernização das instituições de segurança, das carreiras policiais, dos mecanismos de fiscalização e da supervisão da atividade policial, além do aprimoramento das suas relações com a Justiça criminal.