Um dos jogadores mais marcantes das décadas de 1950 e 1960 do futebol carioca teve sua morte divulgada no sábado (25). Meio-campista com passagens de destaque por clubes como Madureira, Botafogo e Fluminense, Paulinho Omena morreu aos 90 anos no Rio de Janeiro. “Paulinho Ladrão de Bola” foi o primeiro jogador a ganhar este apelido por seu talento ao desarmar adversários.
O ex-jogador residia no Rio de Janeiro, cidade onde nasceu e atuou na maior parte da sua trajetória como jogador de futebol. O velório será na segunda-feira (27), na Capela 01 do Cemitério Jardim da Saudade Sulacap, das 07h às 09h.
Nascido em 23 de agosto de 1932, Paulo Ribeiro Omena teve sua paixão para o futebol durante sua infância no bairro de Marechal Hermes. Com o passar dos anos, recebeu a primeira chance de mostrar seu futebol nos aspirantes do Madureira. No Tricolor Suburbano, profissionalizou-se em 1952, na mesma época na qual trabalhava como funcionário público.
No clube, o meio-campista logo encheu os olhos de torcedores: foi considerado revelação do Campeonato Carioca de 1953 e se notabilizava também pelo fôlego diante dos adversários. Além disso, tinha capacidade de versatilidade (atuava como zagueiro e lateral-esquerdo quando era requisitado) e tinha bons momentos quando fazia parceria com Nayr, Nelsinho e Evaristo de Macedo.
Em 1954, mudou de ares e aceitou uma proposta para defender o Botafogo. Rapidamente, entrou para a história por uma peculiaridade: foi o primeiro jogador a receber o apelido de “Ladrão de Bola”, por sua capacidade de desarmar os adversários. O jornalista Luis Mendes foi o responsável pelo apelido, que passou a ser utilizado no nome do atleta: Paulinho Omena também passou a ser conhecido como “Paulinho Ladrão de Bola”.
Sua correria fez com que se destacasse e contribuísse para as grandes atuações de um Alvinegro que tinha ainda Gerson, Nilton Santos, Geninho, Garrincha e Carlyle. No clube, ainda atuou ao lado de Danilo Alvim. Seguiu na equipe alvinegra até 1957.
Posteriormente, Paulinho defendeu o Náutico e Canto do Rio. Em 1959, conseguiu o “passe livre” e aceitou a proposta de defender o Fluminense.
Nas Laranjeiras, atuou ao lado de nomes como Altair, Escurinho, Edmilson, Waldo e Telê Santana. E Paulinho conquistou títulos do Carioca de 1959 e do Torneio Rio-São Paulo de 1960. No clube, foram 203 partidas e 44 gols.
Deixou o Tricolor das Laranjeiras em 1963 e pendurou suas chuteiras no Bonsucesso, onde atuou ao lado de Sabará e Pinheiro. Após o fim de carreira, continuou a ser funcionário público.
Em 2018, Paulinho foi tema de um documentário, intitulado “Um Craque Esquecido”, dirigido pelo seu neto Ygor Lioi e exibido no Cinefoot daquele ano.
O Botafogo incluiu o nome de Paulinho no minuto de silêncio que antecedeu a partida com o Flamengo.
Clube no qual foi revelado, o Madureira também deixou seu pesar pela morte do meio-campista.
O Fluminense, clube no qual “Paulinho Ladrão de Bola” ganhou títulos, também deixou seus pêsames.