Esther Crawford era vista como exemplo da cultura de trabalho ‘linha-dura’ incentivada por Elon Musk. Gerentes de produto, cientistas de dados e engenheiros também estão entre os demitidos, segundo ‘New York Times’. Sede corporativa do Twitter em San Francisco, Califórnia, EUA
Carlos Barria/Foto de arquivo/ Reuters
Em uma nova rodada de cortes, o Twitter demitiu no fim de semana mais 200 pessoas, que representa cerca de 10% da atual força de trabalho da companhia, segundo o jornal “New York Times”.
De acordo com a publicação, o bilionário Elon Musk, dono da rede social, escolheu gerentes de produto, cientistas de dados e engenheiros. Fontes ouvidas pelo jornal afirmaram que os demitidos trabalhavam em aprendizado de máquina e confiabilidade do site.
A diretora de gestão de produtos de produtos, Esther Crawford, está na lista de demitidos de acordo com os portais “The Verge” e “Platformer”. Crawford está no Twitter há mais de dois anos, de acordo com o LinkedIn, trabalhando em projetos como Spaces e Twitter Blue, serviço de assinatura da rede social.
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“A pior conclusão que você poderia ter ao me ver ir ‘all-in’ no Twitter 2.0 é que meu otimismo ou trabalho duro foi um erro. Aqueles que zombam e zombam estão necessariamente à margem e não na arena. Estou profundamente orgulhosa da equipe por construir em meio a tanto barulho e caos”, comentou em um tweet.
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Depois de Musk, Crawford era um dos rostos mais influentes que restaram da velha guarda do Twitter.
Ela ganhou as redes sociais em novembro do ano passado, após o lançamento da cultura de trabalho “linha-dura” incentivado por Musk, ao publicar uma foto dela dormindo no chão da sede do Twitter. A imagem viralizou.
“Quando sua equipe está se esforçando o tempo todo para cumprir prazos, às vezes você #SleepWhereYouWork [#DormeOndeVocêTrabalha]”, disse Crawford ao compartilhar o registro.
Esther Crawford, que é uma das diretoras do Twitter, foi registrada dormindo no escritório nos Estados Unidos
Reprodução/ Redes sociais
Após Musk ter concluído a compra do Twitter por US$ 44 bilhões, Musk iniciou demissões que reduziram a força de trabalho. Após sobreviver a primeira rodada de cortes, ela disse que “seriam necessários cortes drásticos para sobreviver, independentemente de quem fosse o dono da empresa”, de acordo com o relatório da plataforma de comunicação interna Slack.
Várias mudanças no Twitter Blue foram anunciadas sob Crawford, incluindo a eliminação dos selos azuis para celebridades e figuras públicas. Também lançou um novo sistema de verificação.
Rodadas de demissões
Musk vem fazendo cortes de emprego para reduzir gastos desde que comprou a companhia, em outubro do ano passado. Cerca de 3.700 funcionários já haviam sido demitidos antes desta nova leva.
Musk disse em novembro que o serviço estava passando por uma “queda maciça na receita”, já que os anunciantes reduziram os gastos em meio a preocupações com a moderação do conteúdo.
Atualmente, o Twitter tem cerca de 2.300 funcionários ativos, segundo o próprio Musk afirmou no mês passado. Ele alega que a receita da companhia caiu muito por conta da retirada de anunciantes.
Elon Musk e a companhia ainda não haviam se pronunciado sobre a reportagem do “New York Times” até a última atualização desta notícia.
Elon Musk entra na sede do Twitter com uma pia nas mãos