Gabigol muda postura, e além de artilheiro, se torna principal líder no Flamengo – Esportes – Zonatti Apps

Gabigol muda postura, e além de artilheiro, se torna principal líder no Flamengo – Esportes


142 gols em 219 partidas disputadas, artilheiro do Flamengo no século XXI e 11 títulos ganhos com a camisa rubro-negra. Se formos listar todos os feitos de Gabigol vestindo a camisa do clube, é texto que não acaba mais.


Mas como todo ídolo que se preze, Gabriel Barbosa não deixa de ser uma figura controversa, no melhor estilo ame ou odeie, como o próprio costuma dizer. “19 torcidas me odeiam. E uma me ama muito. Eu faço gol toda hora nos times dos caras”, brincou o atacante, em entrevista ao Podpah.


E nesta terça-feira (27), Gabriel tem a chance de conquistar seu primeiro título da temporada, vestindo a mística camisa dez rubro-negra, contra o Independiente del Valle, pela Recopa Sul-Americana. O Flamengo precisa da vitória, já que perdeu o jogo da ida por 1 a 0.



Além do desempenho dentro de campo, tudo que envolve a figura do jogador vira notícia. A mudanças nos cortes de cabelo, as tatuagens novas, as chuteiras coloridas, os affairs e até os looks usados nos momentos de lazer.


E neste ano de 2023, em sua quinta temporada na Gávea, o artilheiro parece ter passado por um ‘rebranding’ – termo em inglês usado para definir uma estratégia de marketing, em que empresas ressignificam a imagem do seu produto —.



Em seu visual dentro das quatro linhas, Gabigol vem usando shorts mais curtos, optando por chuteiras pretas na maioria dos jogos, além de ter deixado seus cabelo, sem pintar, mais longos, além de obviamente, passar a vestir a camiseta com o número dez, após receber a benção de Zico, maior ídolo da história flamenguista.


“O que a gente pode dizer é que o estilo do Gabigol, de se vestir, de falar, de comemorar os gols, atrai bastante todos os tipos de público, desde o infantil, não é atoa que ele já tem produtos licenciados, vem explorando isso comercialmente, até os senhores que gostam dele”, explica Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports. “Mas também é importante dizer que o estilo dele, do mesmo jeito que atrai, é um estilo polêmico para quem não gosta”.


Já na opinião do torcedor rubro-negro Lucas Ferreira, Gabriel Barbosa entendeu a “responsabilidade de usar a camisa 10 da Gávea”, e que isso vem motivando ele nessa mudança de comportamento.


“O Gabi adotou uma persona mais low profile, ao meu ver. Parece que ele quer dar um destaque maior ao número que carrega nas costas, que apesar de eternizado pelo Zico, passou por mãos muito ruins no passado recente”, afirma.






Botando a cara nos momentos ruins





Apesar de não ser o capitão da equipe, o jogador vem agindo como tal, principalmente nas derrotas que marcaram o início de temporada da equipe.


Na final da Supercopa do Brasil, contra o Palmeiras, mais uma vez Gabriel foi decisivo durante o jogo, e marcou duas vezes, mas não o suficiente para dar o título ao Mengão, que perdeu por 4 a 3 para a equipe paulista.


Após a amarga derrota, Gabigol pediu para a assessoria do clube que fosse ele o jogador encarregado a conversar com os jornalistas na zona mista.


“Claro que queríamos ganhar, mas a gente tem que ser racional. É o começo de um trabalho, um trabalho novo. A gente precisa melhorar algumas coisas que precisa de tempo. No Brasil é assim, se perde um jogo é para acabar o mundo, quando ganhamos por 5 a 0 no Carioca, era o melhor time do mundo. Temos que ser racionais, é o começo de um trabalho”, disse o jogador.


Após a derrota precoce para o Al Hilal, na semifinal do Mundial de clubes, no início de fevereiro, repetiu a postura, e foi o único flamenguista a se pronunciar, na saída do estádio Tânger, em Marrocos.


“A derrota dói mundo, mas viemos com muito orgulho. Temos ainda mais um jogo, defendemos o maior clube do Brasil. Sofrer hoje e amanhã cabeça erguida”, declarou.


Indo na contramão da maioria dos atletas, que preferem se preservar, Gabriel fez publicações nas redes sociais após as derrotas citadas, não privou comentários, e recebeu apoio da maioria dos torcedores.







Sucesso nas redes e produtos licenciados





Fora de campo, o agora camisa dez do Flamengo, também é um fenômeno de engajamento nas redes sociais. Somando Instagram, Facebook e Twitter, ele é seguido por 17,5 milhões de pessoas.


Entre os investimentos do jogador além do futebol, está uma loja online, em que são vendidos produtos infantis com a imagem do ‘Gabigolzinho’, boneco inspirado no craque. Entre as peças a venda, estão mochilas, sungas, porta chuteiras e babadores, vendidos de R$ 6 a R$ 35.


Influente Brasil afora e ídolo da maior torcida do país, o centroavante irá, nesta terça, no Maracanã, tentar reverter a derrota no jogo de ida por 1 a 0, no Equador. Em caso de vitória, vivenciaremos mais um capítulo vencedor na construção da figura de ídolo de uma nação. Mas em caso de derrota, podemos esperar um atleta que irá dar a cara a tapa, e não fugir da responsabilidade dada a ele.


Triplica valor de mercado de Vini Jr. desde saída do Flamengo, e jogador vira protagonista no Real Madrid


Deixe um comentário