A Agência Mundial Antidoping, Wada, e a Organização Mundial da Saúde, OMS, assinaram um memorando de entendimento para colaboração e compartilhamento de informações sobre questões em que o antidoping e a saúde pública se cruzam.
Os principais objetivos do documento assinado nesta segunda-feira, em Genebra, são a promoção da saúde, a prevenção do abuso de substâncias e drogas emergentes e o incentivo ao esporte limpo.
Reforço de posições científicas
O presidente da Wada, Witold Banka, disse que a iniciativa beneficiará os esforços antidoping em todo o mundo.
Segundo ele, um dos três critérios para que uma substância seja adicionada à Lista Proibida de Substâncias e Métodos da Wada é se ela representa um risco real ou potencial para a saúde dos atletas.
Banka afirmou que por meio do acordo, ambas as agências vão poder “trocar informações sobre substâncias emergentes e reforçar posições científicas que, em última análise, beneficiarão não apenas os atletas, mas a sociedade como um todo.”
Já o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, disse que a parceria com a Wada reflete o compromisso da OMS de trabalhar “em estreita colaboração com o setor esportivo para incentivar o aumento da atividade física globalmente, a fim de promover vidas mais saudáveis para todos.”
Atenção com drogas psicoativas emergentes
Ele ressaltou que “o uso de substâncias que melhoram o desempenho pode prejudicar os atletas e, certamente, prejudica o esporte e aqueles que olham para os atletas como modelos. Manter o esporte limpo, portanto, tem benefícios além da arena esportiva para a saúde e o bem-estar de indivíduos e sociedades em todos os lugares.”
A parceria, que vigora até outubro de 2027, terá como foco a prevenção e avaliação dos riscos à saúde associados ao uso de substâncias psicoativas e transtornos relacionados, defesa do esporte limpo e prevenção do abuso de substâncias.
As duas organizações irão reforçar iniciativas de educação com o apoio de embaixadores e influenciadores da boa-vontade para impulsionar mudanças positivas.
Além disso, a colaboração abrange também identificação de produtos médicos abaixo do padrão e falsificados, incluindo novas drogas psicoativas emergentes.