Benzema lamenta ser considerado terrorista e nega ser um muçulmano fundamentalista – Esportes – Zonatti Apps

Benzema lamenta ser considerado terrorista e nega ser um muçulmano fundamentalista – Esportes


Karim Benzema se queixa, segundo o seu advogado, Hugues Vigier, de que, por motivos de “má política” e “eleitorais”, foi envolvido em uma polêmica que está afetando seus filhos, porque veem “acusando seu pai de ser um terrorista”, e nega as acusações de que ele seja um muçulmano fundamentalista.


Em entrevista nesta sexta-feira (20) à emissora francesa France Info, Vigier criticou o que descreveu como “chantagem odiosa” por parte do ministro do Interior, Gérald Darmanin, que desafiou o atacante a negar o que tinha afirmado sobre a sua proximidade com a Irmandade Muçulmana e sobre sua “indignação seletiva”.



Darmanin, que acusou o jogador de terrorista, ressaltou ontem que, se Benzema quisesse “mostrar boa-fé”, tinha que publicar nas suas redes sociais uma mensagem para condenar o ataque jihadista de uma semana atrás, em Arra, onde um professor foi assassinado na sua escola secundária, tal como ele tinha demonstrado a sua solidariedade para com os palestinos da Faixa de Gaza no quadro da ofensiva de Israel.


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O advogado do atleta respondeu acreditar que “nestas condições, não terá muita vontade de fazê-lo” e que não é o seu cliente quem tem de mostrar suas boas intenções, mas sim o ministro, que precisaria “ter a coragem política” para admitir que o que disse sobre ele é “falso”.


Para Vigier, as palavras de Darmanin no início da semana, em que apontou a suposta proximidade de Benzema com a Irmandade Muçulmana, movimento fundamentalista proibido em alguns países, mas não na França, foram “devastadoras” e tiveram um impacto “dramático” sobre o atleta.



Ele revelou que nesta quinta-feira (19) à noite falou com Benzema, que lhe disse: “Ouvi tantas coisas sobre mim e tantas coisas injustas. Mas agora são os meus filhos, são os meus filhos que sofrem porque acusam o pai de ser um terrorista”.


O advogado, que se mostrou convencido de que a polêmica foi lançada por questões eleitorais, afirmou que a prática religiosa do jogador “não é nada radical, nada mesmo”. O atleta — acrescentou o advogado — tinha efetivamente ouvido o nome daquele grupo [Irmandade Muçulmana] “mas sem saber a que correspondia esse termo”.


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