A invasão de torcedores organizados do Corinthians a um suíte de motel onde estava Luan, então jogador do Timão, e mais nove pessoas, ainda dá o que falar nas redes sociais. Desta vez, um dos envolvidos no episódio ocorrido no mês de julho não se calou e falou tudo o que os corintianos querem ouvir sobre o assunto.
Nesta quarta-feira (25), o site Trivela divulgou uma entrevista com Biu, vice-presidente da uniformizada Gaviões da Fiel, disse a motivação para intimidarem Luan. “Ele já estava sendo condenado, já há muitos anos, né? A gente fez aquela ação simbólica na frente do CT quando o Luxemburgo chegou, colocamos ele no caixão. Isso já demonstrou que o Luan, como jogador para gente, já morreu? Não existe, ele tá fora. E essa questão de encontrar ele foi só uma consequência. Demorou até”, disse.
Biu disse que encontrou Luan por meio de um motorista de aplicativo. “O cara nem era da Gaviões não, o cara é corintiano mesmo. Vou te falar que até hoje não perguntei como conseguiu meu número, mas foi diretamente, ele mostrou para mim. Então foi isso, o Motel Caribe tava a 10 minutos da sede da Gaviões, então não tinha porque não ir lá conferir”, pontuou.
Perguntado sobre como entraram no estabelecimento, os torcedores se identificaram como membros da organizada e não como bandidos. “Ele já se apresentou e a gente já falou também que podia ficar tranquilo, e até acompanhar e ver como ia ser a conduta da coisa. E foi assim que aconteceu”, finalizou Biu.
O que aconteceu com Luan após agressão de torcedores do Corinthians?
Luan já estava afastado do clube desde fevereiro de 2022 e treinava em separado no CT Joaquim Grava, não estando nos planos da comissão técnica. Alguns treinadores foram questionados sobre a condição e não o escalavam pois a torcida “não deixava”. Mesmo sem entrar em campo, a diretoria não entrou em acordo com o atleta, que não quis abrir mão de sua rescisão salarial.
Porém, após o episódio, a situação se tornou insustentável e a diretoria do Corinthians conversou novamente com o meio campista. Em meio as tratativas, o técnico Renato Portaluppi sugeriu a diretoria do Grêmio para que voltasse à equipe gaúcha. No fim de julho, a negociação foi fechada e o camisa 7 retornou ao clube de Porto Alegre, sendo recepcionado com festa pelos torcedores que o tratam como ídolo após a Libertadores de 2017.
Desde que retornou, Luan participou de cinco partidas pelo Grêmio, mas como reserva. O atual contrato dele é de produtividade, com um salário bem menor e com contrato apenas até dezembro. Caso ele continue nos planos dos gremistas, o vínculo poderá ser estendido por, pelo menos, mais um ano.