Nesta sexta-feira (8), a aplicação da primeira vacina contra Covid-19 no mundo completa três anos. A britânica Margaret Keenan, à época com 91 anos, recebeu a primeira dose do imunizante da Pfizer/BioNTech, na casa de repouso em que vivia.
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Tratava-se da dose inicial administrada no Ocidente e do começo da vacinação em massa contra a doença em todo o mundo. Três dias antes, a Rússia havia iniciado a aplicação dos imunizantes em profissionais de saúde, medida que foi precedida pela China, que também vacinou a classe desses trabalhadores em alto risco em julho de 2020, com a vacina, então experimental, da Sinopharm.
De lá para cá, cerca de 70,6% da população mundial recebeu pelo menos uma dose das vacinas disponíveis, assim como 32,9% da população de países de baixa renda, segundo o Our World in Data. Atualmente, são aplicadas 4.667 doses diariamente, o que soma um total de 13,53 bilhões de vacinas desde 2020.
No Brasil, pouco mais de um mês depois, o primeiro imunizante foi aplicado, no dia 17 de janeiro de 2021. A paciente foi a enfermeira Mônica Calazans, que pertencia aos grupos prioritários, devido à obesidade, à hipertensão e ao diabetes.
A vacina aplicada foi a CoronaVac, do Instituto Butantan, adquirida pelo governo paulista e aplicada horas depois da aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para uso emergencial. Na mesma sessão, o órgão também deu o aval para o uso do imunizante da AstraZeneca, diante do caráter de urgência da pandemia.
Poucos dias depois, o governo federal anunciou o início da campanha de vacinação para o dia 20 de janeiro em todo o território nacional, com um pedido emergencial de 6 milhões de doses ao Butantan.
Ambos os calendários (paulista e nacional) seguiram grupos prioritários. A população geral passou a ser vacinada em 28 de maio, conforme as localidades avançaram na imunização dos primeiros grupos.
Com a chegada da variante Ômicron, fez-se necessário atualizar a vacina, e foi trazida a versão bivalente. A aplicação do imunizante Comirnaty BA.1, BA.4 e BA.5, da Pfizer, foi iniciada em 27 de fevereiro deste ano, em grupos prioritários. Em abril, foi liberada a vacinação de maiores de 18 anos.
Com a identificação de novas sublinhagens da Covid que circulavam no país (JN.1 e JG.3), o Ministério da Saúde optou por adiantar o reforço da dose bivalente para idosos e imunocomprometidos acima de 12 anos que tivessem tomado a vacina havia mais de seis meses.