Desafiando as tendências atuais de preocupação ambiental, um novo estudo trouxe uma revelação inesperada sobre a empresa Lego e sua tentativa de ser mais ecologicamente correta. Isso porque foi descoberto que as peças feitas com plástico reutilizado, em vez de reduzir o impacto ecológico, acabaram, de forma contrária, aumentando a pegada de carbono em comparação com as tradicionais, oriundas do petróleo.
Lego e a sustentabilidade
Há dois anos, a Lego, conhecida por seus versáteis blocos de construção, anunciou no mercado um novo modelo de brinquedo produzido com garrafas plásticas recicladas. Esse tipo de prática já é esperado nos dias atuais, pois cada vez mais as empresas vêm tentando se adequar a uma visão mais sustentável em decorrência da crise climática.
Entretanto, estudos subsequentes da empresa descobriram que essa alternativa, embora soasse promissora logo de início, apresentava desvantagens tanto em termos ambientais quanto de durabilidade.
Imagem: aitoff/pixabay/Canva Pro
Segundo a pesquisa, a produção desses blocos “amigos da natureza” necessitava de processos adicionais e de equipamentos diferentes. Essa mudança, em vez de reduzir, acabaria ampliando a emissão de gases poluentes em comparação com o processo tradicional da marca.
Mas a Lego não se deixou abater. Em comunicado oficial, a empresa destacou:
“O aprendizado é uma parte essencial da inovação. Estamos empenhados em encontrar novas maneiras de tornar nossos produtos mais amigáveis ao meio ambiente.”
O primeiro protótipo sustentável da marca, lançado em 2021, utilizava um composto derivado do plástico reciclado conhecido como tereftalato de polietileno (PET). Apesar de a ideia ter sido posta de lado, a busca por materiais mais sustentáveis não cessou.
Atualmente, a Lego direciona seus esforços e investimentos na experimentação de novos materiais com menor impacto ambiental. Além disso, há um forte comprometimento financeiro com a causa. A companhia planeja destinar cerca de 1,4 milhão de dólares a iniciativas verdes até 2025.
A visão de futuro da Lego é audaciosa e clara: a redução das emissões de carbono em 37% até 2032, com o objetivo de alcançar a marca de zero em emissões líquidas em 2050.