Com a situação resolvida, a Apple publicou um comunicado na última terça-feira (10) explicando toda a situação envolvendo o iPhone 12 e as denúncias na França, de que o dispositivo emitia mais radiação do que as leis permitiam.
De acordo com a Apple, “o dispositivo é seguro de usar — e sempre foi assim”, atendendo a padrões de transmissão de energia válido em todo o mundo e aprovados antes do dispositivo começar a ser vendido.
A linha iPhone 12.Fonte: Apple
Os resultados da Agence Française Nationale des Fréquences (ANFR) teriam apontado possíveis irregularidades e pediam até o banimento da venda do modelo. Na verdade, as alterações se deram devido a uma condição específica do celular Apple.
A questão é que o iPhone há algum tempo adotou uma tecnologia de detecção de distância do corpo, que amplia levemente a potência de transmissão quando o usuário deixa o telefone em uma mesa, por exemplo.
Como a autoridade francesa não leva em conta esse mecanismo de detecção de distância ao avaliar a radiação do dispositivo, parecia que o celular estava ultrapassando os limites indicados, mesmo que ele não estivesse próximo ao corpo, sem causar qualquer tipo de problema.
Caso de radiação do iPhone 12
Na semana de lançamento do iPhone 15, em setembro deste ano, a ANFR pediu o fim das vendas do iPhone 12 na França, e talvez até um recall após detectar níveis de ondas eletromagnéticas acima do estipulado por lei na geração.
A Apple prometeu apresentar uma argumentação de defesa e também, se necessário, lançar uma atualização no iOS que corrigisse esse problema da radiação. Duas semanas depois, a mesma autoridade local testou a correção e aprovou as mudanças, liberando o iPhone lançado em 2020 para uso e comercialização.
Veja o comunicado da Apple sobre a atualização no iOS
“O iOS 17.1 inclui uma atualização para o iPhone 12 de usuários na França para atender a esse protocolo específico de teste que requer energia reduzida mesmo quando o dispositivo está distante do corpo em uma superfície parada.
O iPhone 12 não aumentará mais a energia permitida quando estiver distante do corpo, por exemplo, quando for colocado em cima de uma mesa. Dessa forma, em áreas com baixa cobertura de rede celular, essa mudança na potência de transmissão da antena pode resultar em um desempenho um pouco menor da rede celular em casos de uso distantes do corpo. A grande maioria dos usuários não deve notar diferenças.”